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Diagnóstico de intolerância à lactose

Para falarmos de intolerância à lactose, primeiro precisamos entender que a lactase é uma enzima que promove a quebra da lactose em glicose e galactose no intestino delgado, que são rapidamente absorvidos pelo organismo.  Consequentemente, por não ser absorvida, a lactose é fermentada por bactérias da flora intestinal do intestino grosso, que produzem gás e ácidos orgânicos e podem gerar os seguintes sintomas: distensão, dor abdominal, gases, náuseas, vômitos e, com frequência, diarreia. A intensidade dos sintomas é muito variável e depende da relação entre as quantidades de lactose e lactase.

Existem três tipos de intolerância a lactose:  a primária, que varia conforme o envelhecimento da pessoa e a dieta adotada ao longo da vida, acontece quando o organismo diminui a produção da lactase. A incidência de hipolactasia primária ultrapassa 60% em algumas populações asiáticas e pode alternar entre 10 e 30% em países da Europa do Norte. No Brasil, com sua população muito miscigenada, o índice está em torno de 50%.

A intolerância secundária ocorre em casos de diarreias agudas, parasitoses, cirurgias, doença celíaca ou doença inflamatória intestinal. Em casos como estes, significa que há perda de lactase e, portanto, há intolerância à lactose.

O terceiro tipo é a intolerância congênita que, embora seja rara, afeta alguns recém-nascidos que tenham deficiência total de lactase no organismo.

O diagnóstico de má absorção da lactose pode ser feito de várias formas. O método-padrão é a biópsia de mucosa intestinal com dosagem direta da lactase. Entretanto, esse é um método invasivo, que pode ser perfeitamente substituído pela curva glicêmica feita com lactose ou teste respiratório do hidrogênio após a ingestão da lactose.

Na curva glicêmica com lactose são realizadas quatro dosagens de glicemia sanguínea, antes e depois da administração de lactose. Caso ocorra uma elevação da glicemia menor que 20mg|dl, considera-se que o paciente apresenta intolerância à lactose.

No teste respiratório, o paciente ingere 50g de lactose e a cada intervalo o paciente expira no aparelho, que irá dosar a quantidade de H2 expirado durante duas a três horas. Se a expiração de hidrogênio for maior que 20 ppm, indica que há intolerância a lactose. Este teste respiratório tem a vantagem de classificar o paciente quanto ao grau de intolerância à lactose. Com este método, não há necessidade de coleta sanguínea.

Uma outra possibilidade para o diagnóstico é excluir a lactose da dieta por três a quatro semanas e acompanhar a melhora clínica dos intolerantes. Com isso, o paciente não deve consumir o leite de vaca e seus derivados, como doces, sorvetes, chocolates, bolos e bolachas. Queijos mais duros e manteiga são permitidos, uma vez que a lactose se encontra no soro do leite.

Apesar disso, é fundamental saber que o leite e os produtos lácteos são uma excelente fonte de proteínas de alto valor biológico, vitaminas e minerais como cálcio, vitamina D e riboflavina. Por isso, não é aconselhável evitá-los sem uma boa razão.

Modificações dietéticas precisam ser feitas para garantir que não surjam deficiências nutricionais, mas é importante que o paciente procure o seu médico ou um especialista para um diagnóstico correto e o devido tratamento.

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Dr. Leonardo Lafayette – Gastroenterologista (CRM-MG: 55864)

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